RETALHOS DE UM IMAGINÁRIO AFETIVO
PRÁTICAS DO BORDADO NO CENTRO HISTÓRICO DA CIDADE DE GOIÁS - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Palavras-chave:
intervenções urbanas;, imaginário coletivo, práticas do bordadoResumo
Este trabalho pretende refletir sobre a trajetória do Grupo Coletivo Borrão – composto por 03 professoras e 04 alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo do UNIPAM, a partir de sua participação no I Festival de Arte Urbana de Goiás e que teve como promotor do edital e evento, o Coletivo de Ações Poéticas Urbanas: CAPU. O Festival de Arte Urbana promoveu uma seleção que contemplou 05 projetos de ações artísticas urbanas, nos quais, foram executados na cidade de Goiás/GO durante o período de 25 a 28 de agosto de 2022. O evento tinha como proposta: 01 - Intervir no espaço urbano como possibilidade para explicitá-lo, legitimá-lo como lugar de vivência; 02 - Enfatizar a dissidência do espaço público na contemporaneidade. Como fomento para a definição de dinâmicas a serem aplicadas, a proposta do coletivo Borrão se pautou em três questões norteadoras: (i) Quais são os imaginários possíveis que permeiam o território de Goiás? (ii) O que as narrativas individuais de seus moradores falam, em pluralidade, sobre o lugar em que vivem? (iii) De que maneira essas identidades coletivas definem a cidade como lugar de construção física e subjetiva desse povo? Como objetivos para a sua realização, o projeto se propôs em: estimular a ocupação de espaços públicos pela prática coletiva do bordado afetivo; fomentar a reconciliação com o espaço público; conscientizar sobre a identidade coletiva e a arte do bordado como substrato cultural local. Retalhos de Um Imaginário Afetivo acreditava ainda no resgate das histórias individuais e sua articulação com a memória coletiva. As atividades foram desenvolvidas em pré-produção, que consistiu basicamente na montagem de material gráfico para apresentação dos dados da ação para distribuição à comunidade e na elaboração dos pacotes com linhas, agulhas e fragmentos de tecidos; distribuição dos kits em deriva, para os turistas e moradores locais desenvolverem seus bordados; ocupação da praça e montagem dos estandartes com os tecidos recolhidos para compor esses painéis. Os fragmentos costurados uns aos outros possibilitaram formar os painéis instalados no espaço público e serviram como suporte de representação e também, de diálogo sobre as complexidades subjetivas que constituem a cidade. A participação permitiu ainda, uma aproximação e troca de experiências sobre pesquisas, ações e intervenções artísticas entre integrantes do grupo CAPU e do Coletivo Borrão.