Terapia de reposição hormonal como fator de risco para o desenvolvimento do câncer de mama: uma revisão de literatura
Palavras-chave:
câncer de mama, fator de risco, menopausa, terapia de reposição hormonalResumo
Atualmente, considera-se que a Terapia de Reposição Hormonal (TRH) tem relação direta com efeitos carcinogênicos na saúde da mulher. Em vista disso, o uso ponderado da TRH na menopausa é essencial e indispensável para uma boa qualidade de vida da mulher. Tem-se como objetivo dessa revisão de literatura avaliar o uso das diversas TRHs em mulheres na menopausa como fator de risco para o desenvolvimento do câncer de mama. Para alcançar o objetivo do estudo, foram pesquisados 15 artigos publicados entre 2010 e 2018, com os descritores câncer de mama e terapia de reposição hormonal. Foram filtradas apenas páginas em português e as bases de dados foram as seguintes: SciELO, LILACS, MEDLINE, FEBRASGO, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e artigos de universidades que foram publicados em revistas ou periódicos. Como critério de inclusão, os assuntos: neoplasia de mama, menopausa, terapia de reposição de estrogênio/ progesterona e fator de risco. Como critério de exclusão: repetição de um mesmo artigo nas diferentes bases de dados e artigos incompletos. Foram utilizados dois artigos fora dos critérios de pesquisa, um artigo do Ministério da Saúde de 2004 e um artigo internacional. Conforme os artigos pesquisados, o uso das TRHs para adversar os sintomas do climatério tem sido feito de forma quantitativa. Todavia, sua eficiência na promoção de saúde tem gerado questionamentos. A maioria dos autores dessa revisão atesta a TRH como fator de risco para o câncer de mama e ainda acrescenta que o tipo de Terapia Hormonal (TH), a dose e o tempo de uso devem ser individualizados e o risco/ benefício avaliado para cada paciente, uma vez que estudos apontam que o uso das THs pode causar outras patologias. De maneira inversa, algumas THs previnem doenças cardiovasculares. Observou-se um aumento da mortalidade pela neoplasia de mama com o uso combinado de estrogênio e progesterona. E constatou-se a relação com obesidade, densidade mamária, histórico familiar, entre outros. Por fim, concluiu-se que o fator de risco supracitado deve ser considerado para a patologia em questão, ainda que o tema seja controverso entre os profissionais e pesquisadores. Portanto, cada caso deverá ser estudado com cautela para, assim, o paciente receber o tratamento mais eficaz.