Comparação de diferentes métodos de desinfecção para tubetes anestésicos odontológicos
Resumo
Introdução: A desinfecção é uma tentativa de manter o campo asséptico. Deve ser eficiente e não interferir na composição e estrutura do tubete. Esse trabalho teve por objetivo analisar a presença de contaminação nos tubetes anestésicos usados no curso de Odontologia do UNIPAM e avaliar a capacidade de desinfecção dos seguintes agentes químicos: álcool etílico 70%, digluconato de clorexidina 2%, e hipoclorito de sódio 1%. Método: Três tubetes foram coletados em dois cenários diferentes e colocados imediatamente em tubos contendo 10ml de meio Brain Heart Infusion (BHI) estéril. Posteriormente foram incubados em estufa de crescimento bacteriano a 37°C por 72 horas. Os tubetes passaram pelos processos de desinfecção, comparando-se as três soluções por imersão e por fricção, e imersos em um novo meio de cultura. O estudo foi conduzido em condições assépticas no laboratório de microbiologia do UNIPAM. Resultados: Dos seis tubos coletados, cinco apresentaram turvamento do meio de cultura BHI, o que indica contaminação bacteriana. Após desinfecção e cultivo em novo BHI, os tubos desinfetados com clorexidina 2% por fricção e por imersão e com hipoclorito de sódio a 1% por imersão apresentaram bom desempenho, embora este último tenha a limitação de poder oxidar o vedamento metálico do tubete. Após semeadura em placa Petri, o meio de cultura correspondente ao tubete desinfetado com clorexidina por imersão apresentou crescimento de colônia preditiva de Staphylococcus aureus. Conclusão: O processo de desinfecção é indispensável na rotina odontológica. O método mais eficaz parece ser a desinfecção com clorexidina 2% por fricção, no entanto mais estudos precisam ser realizados, com amostras maiores e mais testes bioquímicos, para a inferência do melhor método de desinfecção.