Sintomas depressivos e estado nutricional entre idosos
Resumo
Introdução: Alguns fatores no envelhecimento, como perda de autonomia, luto e diminuição da capacidade funcional podem levar a prejuízos na qualidade de vida, resultando em depressão e baixa autoestima. O estado nutricional dos idosos também sofre alterações devido às mudanças comportamentais e fisiológicas. Diante disso, o objetivo do estudo foi investigar a relação entre o estado nutricional e sintomas depressivos em idosos. Método: Estudo transversal realizado no ano de 2015 com idosos em São Paulo/SP. Submetido e avaliado pelo comitê de ética da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Todos os idosos participantes concederam sua assinatura no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (CEP: 3.600.782). Para a caracterização dos dados, os idosos foram pesados e medidos. Com base nessas informações, foi classificado o IMC para idosos da (OPAS). Os sintomas depressivos foram avaliados por meio da escala (GDS) geriatric depression scale. Resultado: Participaram dessa amostra 1224 idosos, homens e mulheres, com idade 60 anos, sendo 35,21% (n=431) homens e 64,79% (n=793) mulheres. Entre esses participantes, 82,38% (n=935) não tinham sintomas depressivos, enquanto 17,62% (n=200) relataram sintomas depressivos. Já em relação ao estado nutricional, 12,82% (n=139) tinham baixo peso, 39,58% (n=429) eram eutróficos e 47,60% (n=516) tinham excesso de peso, sendo a frequência de sintomas depressivos entre as mulheres com baixo peso de 65,00% (p:0,144), enquanto mulheres com estado nutricional eutrófico ou com excesso de peso tiveram prevalências de sintomas depressivos igual a 71,01% (p:0,031) e 83,52% (p:0,013), respectivamente. Conclusão: A proporção de sintomas depressivos foi maior entre mulheres, especialmente naquelas com maior peso corporal. Essas variáveis destacam a importância de um atendimento holístico, considerando tanto a saúde emocional, quanto as necessidades nutricionais.