Avaliação da toxicidade em Drosophila melanogaster expostas ao ácido etilenodiamino tetra-acético
Resumo
Introdução: O ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA) é utilizado na Endodontia e na Periodontia como um agente quelante capaz de remover a smear layer, uma matéria amorfa composta por substâncias químicas e resíduos orgânicos liberados durante a instrumentação dentária. Sua eficácia é comprovada na dissolução de material inorgânico, no entanto o seu potencial citotóxico é descrito na literatura. Sendo assim, a pesquisa tem como objetivo avaliar a dose tóxica do EDTA 24%, por meio do Teste de Tumores Epiteliais (ETT) em Drosophila melanogaster. Método: Inicialmente, foram separadas as Drosophila fêmeas wts das Drosophila machos mwh, em três dias consecutivos de coleta, para serem colocadas em meio próprio para acasalamento. As moscas foram transferidas para um meio de postura para a formação de larvas. Após três dias, as larvas foram coletadas e transferidas para frascos contendo fécula de batata e 5 ml das soluções a serem testadas: o EDTA diluído nas concentrações de 1:200, 1:400 e 1:800, a Doxorrubicina para controle positivo e a água de osmose reversa para controle negativo. Após a metamorfose, as moscas foram coletadas e armazenadas em frascos com etanol 70%, para análise e contagem da quantidade de moscas restantes em cada frasco correspondente à avaliação da dose tóxica. Resultados: Os seguintes dados de sobrevivência foram encontrados: 22 moscas no frasco do controle negativo; 30 moscas no frasco do controle positivo; 25 moscas no frasco do EDTA 1:200; 30 moscas no frasco do EDTA 1:400; e, por fim, 28 moscas no frasco do EDTA 1:800. Conclusão: De acordo com a análise do índice de sobrevivência, observa-se a concordância com o que há na literatura. O EDTA apresenta certo nível de toxicidade, que aumenta proporcionalmente ao aumento da concentração utilizada.