Estado vacinal de adolescentes do ensino médio de uma escola pública
Resumo
O trabalho no sentido da manutenção da situação vacinal conforme o preconizado pelo Ministério da Saúde é mais intenso e notado no que tange o acompanhamento das crianças, contemplando com menor intensidade as outras fases da vida e, dentre elas, a adolescência. Este estudo teve como objetivo analisar a cobertura vacinal e classificar o perfil sócio demográfico de adolescentes, alunos do ensino médio de uma escola pública. Pesquisa de campo, descritiva, transversal com abordagem de natureza quantitativa. O estudo foi desenvolvido com 320 adolescentes (10 a 19 anos), alunos do ensino médio de uma escola pública em um município mineiro, no período de abril e maio de 2014, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Patos de Minas sob CAAE nº: 25419813.0.0000.5549. A amostra final foi composta por 58 adolescentes, dos quais apenas 23 levaram a cópia do cartão de vacinas. Verificou-se prevalência de adolescentes do sexo feminino, solteiros, que não exercia atividade remunerada e com renda mensal familiar de 1 a 3 salários mínimos. A maioria dos adolescentes (86%) nunca participou de ações para atualização do cartão de vacinas na escola, porém procuraram um serviço de saúde no último ano, evidenciando assim a perda de oportunidade dos profissionais de saúde na busca e atualização do estado vacinal do adolescente no momento de visita ao serviço de saúde. Quanto às vacinas do calendário básico, observaram-se taxas de cobertura inferiores às preconizadas pelo Ministério da Saúde (95%) nas vacinas contra Hepatite B (82,60%), Febre amarela (82,60%) e Tríplice viral (73,91) e, menores ainda, para a vacina Dupla adulto (43,5%). Quanto às vacinas não disponibilizadas gratuitamente para os adolescentes, apenas 8,7% dos adolescentes foram vacinados com a Meningo C, 17,3% com a H1N1 e 13,0% com a vacina Influenza. Nota-se uma falta de orientação nas escolas sobre a importância da vacinação para os adolescentes e de articulação entre o serviço de saúde e as escolas, com o objetivo de orientar os adolescentes sobre as doenças imunopreveníveis e estado vacinal.