Tromboprofilaxia em pacientes cirúrgicos
Resumo
O tromboembolismo consiste na oclusão de um vaso por um coágulo ou trombo que se desprende do seu local de origem e é lançado na circulação sanguínea. O presente estudo é uma revisão da literatura que teve como objetivo analisar as pesquisas que abordam o tema tromboprofilaxia em pacientes cirúrgicos. Para realização desta pesquisa foram utilizadas as bases de dados LILACS e no SCIELO, no sítio da Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os termos combinados “Profilaxia, Tromboembolismo e cirurgia”. Foram obtidos 12 artigos, sendo analisados pelos títulos e resumos. Após a leitura exploratória dos doze foi possível observar que os artigos identificam a visão de diversos autores a respeito da tromboprofilaxia em pacientes cirúrgicos, a qual foi apresentada em três categorias: A importância da tromboprofilaxia; motivos de não adesão a tromboprofilaxia; Estratificação de risco para desenvolvimento do tromboembolismo e regime terapêutico em pacientes cirúrgicos. A maioria dos autores concordam que a tromboprofilaxia ainda é o método mais eficaz para reduzir a morbidade e mortalidade em pacientes cirúrgicos, porém atualmente está sendo pouco utilizada na prática clínica pelo fato dos médicos acreditarem que o risco de desenvolver o tromboembolismo é menor se considerando as potenciais complicações hemorrágicas resultantes do uso de anticoagulantes. Estudos mostram que apesar de existir indicações bem definidas da heparina na tromboprofilaxia, verifica-se adesão incompleta por parte dos profissionais médicos da especialidade, expondo os pacientes a complicações graves. Dentre as possíveis causas para a utilização ineficaz ou inadequada da tromboprofilaxia, destaca-se: a maioria tem preocupação quanto ao risco de sangramento durante a cirurgia, dificuldades na classificação de grupos de risco e a adequada indicação profilática para cada grupo. Os resultados deste estudo possibilitaram à ampliação dos conhecimentos acerca do tromboembolismo, um fenômeno ocorrido entre os pacientes hospitalizados e que é considerado uma causa de morte evitável. Nesse cenário o enfermeiro durante a assistência de enfermagem pode contribuir na classificação de risco para o desenvolvimento do tromboembolismo utilizando como referência o Sistema de Classificação de Intervenções de Enfermagem padronizado.