Incidência de alterações posturais em estudantes de 12 a 16 anos

Resumo

O Programa Saúde na Escola (PSE) é a integração entre educação e saúde, proporcionando a melhoria da qualidade de vida dos estudantes. A postura corporal da população remete a uma preocupação crescente, principalmente quando se leva em consideração o estilo de vida a que nos submetemos hoje. Nesse contexto, a população escolar também merece atenção especial a esse respeito. Os escolares são mantidos em salas de aulas, muitas vezes em posições incômodas e inadequadas, por longos períodos no transcorrer do dia, de semanas, meses e anos e, em decorrência disso, ficam sujeitos a desenvolver padrões posturais não saudáveis. O estudo proposto pretende identificar a incidência de alterações posturais que fazem parte do crescimento normal e as que necessitam de intervenção precoce presentes em adolescentes entre os 12 e os 16 anos. Trata-se de uma avaliação analítica, sobre a postura de estudantes entre 12 e 16 anos da Escola Estadual “Abner Afonso” em Patos de Minas. Foi realizado uma pesquisa de campo, em que foi apresentado termo de consentimento, aplicado questionário e realizada avaliação postural em 74 alunos da “Escola Estadual Abner Afonso”. O estudo passou inicialmente por aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa nº37154714.2.0000.5549. Na análise da frequência dos desvios posturais pelo número total de alunos avaliados observou-se que, 49% dos alunos apresentaram assimetria na altura dos ombros, sendo que 34% apresentou elevação do lado direito e 14% do lado esquerdo. Em relação ao tronco, 26% dos estudantes apresentaram algum tipo de rotação, sendo 19% à direita e 6% à esquerda. Em relação à crista ilíaca 20% apresentou assimetria do lado direito e 18% do lado esquerdo. Ao avaliar os joelhos na vista anterior observou-se que 21% dos alunos apresentaram joelho geno varo e 8% apresentaram joelho geno valgo. A identificação dos desvios posturais antes que disfunções se desenvolvam é uma proposta de prevenção necessária, que propicia um tratamento mais eficiente, diminuindo a gravidade das complicações. Evidenciando a importância da iniciativa do Governo Federal com o Programa Saúde na Escola (PSE), além da necessidade da atuação fisioterapêutica não apenas intervindo nas alterações já instaladas, como também orientando e instruindo, de forma a prevenir a sua ocorrência.