Reabilitação fisioterapêutica pós IAM silencioso
Resumo
O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é um evento patológico acompanhado de elevados índices de morbimortalidade, que ocorre quando há interrupção total ou parcial do fluxo sanguíneo coronariano. O IAM se manifesta a partir dos sintomas clínicos característicos, mas grande parte ocorre na ausência de qualquer sintoma, é o IAM silencioso. A fisioterapia atua na reabilitação pós- IAM na tentativa de retardar possíveis limitações impostas pelo processo patológico e prevenir novos eventos. O objetivo do presente trabalho é verificar a eficácia da reabilitação fisioterapêutica pós IAM silencioso e analisar como os fatores de risco podem contribuir para a reincidência de novos infartos. A coleta de dados ocorreu a partir da análise de dados gerais e de saúde referentes ao IAM silencioso. Foram utilizados dados bibliográficos do acervo da Biblioteca Central Doutor Benedito Corrêa do UNIPAM e busca em sites de pesquisa, utilizando as palavras-chave fisioterapia cardiorrespiratória, IAM silencioso e fatores de risco. Alguns fatores de risco podem aumentar as chances de ocorrência do IAM, sendo que alguns podem ser controlados e outros não, porém, mesmo os não controlados podem ser prevenidos. Por exemplo, história familiar e idade avançada aumentam a probabilidade de ocorrência do IAM, entretanto, um maior controle e tratamento dos fatores de risco, bem como hábitos de vida saudáveis, diminui significativamente a pré-disposição ao infarto. Os fatores de risco que podem ser controlados, tais como tabagismo, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, obesidade, sedentarismo e diabetes mellitus, têm uma grande influência na ocorrência do IAM, visto que esses fatores aceleram o processo de deposição de placas de gordura por dentro das paredes das artérias coronárias, causando a obstrução do fluxo sanguíneo. As técnicas fisioterapêuticas de reabilitação cardiorrespiratória consistem em exercícios respiratórios e de condicionamento físico, além de promover atividades educativas com o paciente, obtendo resultados satisfatórios na diminuição da frequência cardíaca de repouso e de esforço, da pressão arterial, das triglicérides, do risco de mortalidade, da sensação de fadiga, aumento da tolerância ao esforço, da efetividade da revascularização miocárdica e da capacidade cardiorrespiratória. Exercícios físicos e de reabilitação cardiorrespiratória frequentes, bem como hábitos de vida saudáveis são fundamentais para prevenção de novos infartos, aumento da capacidade funcional e qualidade de vida de pacientes pós-IAM.