Atuação do laser de baixa frequência no processo de cicatrização pós amputação traumática
Resumo
Paciente do sexo feminino, com 33 anos, vítima de acidente automobilístico, o qual apresentou diagnóstico médico de amputação a nível transtibial de membro inferior esquerdo. A paciente encontrava-se locomovendo através de muletas. Apresentava na região do coto, há três meses, duas feridas, sendo uma na região medial do coto de membro inferior esquerdo com maior extensão e profundidade, e outra ferida na região inferior do coto de membro inferior esquerdo com menor extensão. Realizou-se a avaliação da paciente, com identificação e perfil socioeconômico, dados clínicos, hábitos pessoais, exame físico e dados vitais. Ainda foi feito anamnese, a qual não apresentou patologias associadas e nem medicamentos em uso. Apresentou amputação a nível transtibial de membro inferior esquerdo, coto em bom estado geral, na inspeção da ferida, não se constatou edemas e nem infecções, e apresentou duas feridas. Foi então realizado a mensuração das feridas através de uma fita métrica para cálculo dos parâmetros. Foram marcadas 25 sessões de laser, sendo realizadas quatro vezes por semana, realizado na Clínica de Fisioterapia do UNIPAM, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da instituição, com parecer número 1037293. O equipamento utilizado foi o laser de baixa potência modelo IBRAMED e caneta com comprimento de onda de 660nm. Os parâmetros utilizados foram o laser varredura contínuo durante 21 minutos na ferida A, e laser pontual continuo 3j/cm2 na ferida B e C, sendo que a ferida C começou a partir do 7° dia. Foi realizado a partir do 7° dia laser varredura continuo durante 8 minutos na ferida A, e laser pontual continuo 3j/cm2 na ferida B e C. No 19° dia foi aplicado o laser varredura continuo por 1,5 minutos e laser pontual continuo 3j/cm2 na ferida A, e laser varredura continuo por aproximadamente 1 minuto e laser pontual continuo 3j/cm2 na ferida B em toda sua extensão. Todas as feridas tiveram 100% de cicatrização sendo: a ferida A após 24 aplicações, a ferida B após 22 aplicações e a ferida C após 12 aplicações. Com este estudo pode-se concluir que o laser de baixa potência mostrou-se eficaz na cicatrização de feridas pós-amputação de membro inferior, sendo necessária a realização de futuros estudos para avaliar os mecanismos de atuação do laser de baixa potência, os parâmetros e sua eficácia clínica.