Incidência de doenças crônicas em idosos institucionalizados
Resumo
À medida que a população envelhece e apresenta doenças crônicas e degenerativas há também um aumento do risco de incapacidade, e perda de autonomia. Associado a isso, a ausência de cuidadores para os idosos nos núcleos familiares e gastos com diversos tipos de tratamentos levam a institucionalização. O objetivo dessa pesquisa foi analisar a incidência de doenças crônicas em uma instituição de longa permanência para verificar quais as prováveis patologias que podem levar os idosos a serem institucionalizados. Essa pesquisa quanti-qualitativa com abordagem descritiva verificou a incidência de doenças crônicas em idosos de uma ILPI, Lar Vicentino Padre Alaor na cidade de Patos de Minas - MG. A coleta de dados foi realizada através dos prontuários de todos os idosos moradores da ILPI de ambos os sexos, com autorização do responsável pela instituição tendo assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), no qual ocorreu em Julho do ano de 2015 após aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) sob parecer 1203.376. Foram analisados os prontuários dos internos com idade igual ou superior a 60 anos. A coleta constituiu-se de dados de 104 prontuários. 53% dos idosos (55) eram do sexo feminino e 47% (49) do sexo masculino, prevalecendo um número maior de mulheres, na faixa etária entre 60 e 104 anos. Pode-se observar que idosos entre 71 a 80 anos corresponderam a 42% (44), entre 61 e 70 anos 33% (34), entre 81 a 100 anos 23% (24) e mais de 100 anos 2% (2). Nos prontuários dos 104 participantes, apenas 87 tinham relato de doenças crônicas, sendo que as mais presentes entre os idosos avaliados foram a diabetes 43,7% (38), seguido da hipertensão arterial 40,3% (35), cardiopatias 11,5% (10), depressão 2,3% (2), câncer 1,1% (1) e incontinência urinária 1,1%. Neste estudo verificou-se a falta de relato nos prontuários de dados, e evoluções incompletas a respeito do estado de saúde dos internos. Houve uma grande incidência de comorbidades como diabetes, hipertensão arterial e cardiopatias, que ocasionam a prevalência de doenças crônicas nos idosos. Esses acabam por serem institucionalizados, tornando-os cada vez mais dependentes. Assim a orientação advinda por meio de informação aos fisioterapeutas quanto o diagnóstico precoce, favorecerá a elaboração de planos de tratamentos e ações que proporcionem melhor qualidade de vida a esses idosos.