Importância da prática de atividades físicas para crianças autistas
Resumo
O autismo foi inicialmente abordado pelo psiquiatra suíço Eugene Bleuler, em 1911, onde era descrito como um dos principais sintomas de esquizofrenia, que para eles na época fugia da realidade. O transtorno do espectro autista é uma doença rara, manifestada uma vez em cada 1200 nascimentos, que atualmente, vem sendo bastante discutido na sociedade. O objetivo deste trabalho foi analisar o perfil motor e a importância da atividade física no desenvolvimento de crianças autistas. A pesquisa foi desenvolvida a partir de uma pesquisa bibliográfica/webliográfica, através das bases de dados, Scielo e Google Acadêmico, no período de 1999 a 2015, utilizando-se as seguintes palavras chave: autismo, atividade física para grupos especiais, esportes para autistas, inclusão. A taxa de incidência do autismo apresenta ser quatro vezes superior no sexo masculino; contudo não parece haver qualquer associação conhecida com aspectos raciais, sociais, económicos ou culturais. A manifestação do transtorno caracteriza-se pela alta dificuldade na comunicação social e comportamentos repetitivos, existindo casos com intensidades diferentes e manifestados de diversas formas. A atividade física atua de forma ativa na vida de crianças autistas, onde a participação de forma contextual em atividades de psicomotricidade proporciona melhora nas demandas físicas e também sociais da criança, objetivando a inserção do mesmo na sociedade e desmistificando alguns conceitos erróneos associados a este transtorno. Concluiu-se que, a participação da atividade física na vida destas crianças deve acontecer de forma gradativa, resultante de um planejamento desejável segundo as características particulares de cada praticante, para que funcione como uma operação abolidora das estereotipias características do transtorno.