Comportamento da frequência cardíaca durante a terapia de realidade virtual
Resumo
Introdução: As doenças cardiovasculares representam a principal causa de mortalidade e incapacidade no Brasil e no mundo. A reabilitação cardiovascular enfrenta algumas restrições como dor, medo e falta de motivação. Dessa forma, a principal razão para o uso de estratégias de terapia com a Realidade Virtual (TRV), baseia-se na necessidade de adição de um fator de motivação, que alcança os resultados esperados pelos objetivos fisioterapêuticos no tratamento. O presente estudo objetivou analisar o comportamento da frequência cardíaca (FC) durante a TRV para o tratamento da Reabilitação Cardiovascular nas fases III e IV. Métodos: Tratou-se de um estudo intervencional, prospectivo, com análise quantitativa, desenvolvido em uma única sessão consistindo em uma avaliação do comportamento da FC prévia a submissão ao protocolo de TRV, durante e após o término do atendimento. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) pelo parecer 2075742. Participaram do estudo indivíduos cardiopatas com idade igual ou superior a 40 anos e inferior ou igual a 70 anos. Os dados foram analisados através de estatística descritiva, média e desvio padrão e para comparação dos dados foi aplicado o teste de Wilcoxon. Resultados: Verificou-se que a FC teve um aumento entre a fase inicial (média de 70,67 bpm + 9,792) e durante a TRV (média de 108 bpm + 22,458), retornando a valores mais baixos na fase final (depois da TRV), registrando (média de 84,83 bpm + 16,508). Obtiveram-se valores estatisticamente significantes de (*) p <0,005 tanto entre a fase inicial e durante quanto entre a fase durante e após a TRV. Conclusão: Concluiu-se que a resposta da FC é maior quanto maior for a intensidade do exercício e, consequentemente, quanto maior for a massa muscular exercitada de forma dinâmica, e esta reduz-se significativamente, em função do trabalho aeróbico e do trabalho de força (pré-treino e pós-treino), que corroboram sobre as adaptações da pulsação de repouso da FC. Dessa forma os efeitos da TRV no comportamento da FC condizem com a necessidade que o condicionamento cardiovascular exige nas fases de reabilitação cardiovascular nas fases III e IV de tratamento.