Trissomia do cromossomo 21 e os mitos tangíveis à sexualidade desse grupo
Palavras-chave:
cuidados médicos, educação sexual, sexualidade, síndrome de DownResumo
Em relação às pessoas que possuem algum tipo de deficiência intelectual, o tema sexualidade sempre preocupou pais e profissionais. Na síndrome de Down, esta preocupação cresce diante de características genéticas peculiares capazes de comprometer sua reprodução. A socialização, desejos, anseios e frustrações sobre a afetividade que permeiam a vida dessas pessoas requerem atenção especial por parte de todos que lidam com elas. O objetivo do trabalho foi analisar, por meio de revisão de literatura, a sexualidade em portadores da Síndrome de Down, segundo aspectos genéticos e sociais. Para isso, fez-se revisão de literatura e bibliográfica, em que foram selecionados artigos e livros através das plataformas Pubmed, Scielo, BVS e EBSCO, totalizando-se 12 materiais para a revisão. Os descritores utilizados foram os seguintes: "cuidados médicos", "educação sexual", “sexualidade" e "Síndrome de Down". Constatou-se que a sexualidade faz parte do processo de educação global da criança e do adolescente com SD, indistintamente da sociedade e deve ser orientada de acordo com as normas éticas, com metodologia adequada à sua capacidade cognitiva e à faixa etária. Pessoas com SD, como quaisquer outras, requerem o desenvolvimento de aspectos como autoestima, responsabilidades e valores morais, para se tornarem seres sexualmente saudáveis. Portanto, não há evidências significativas de que a Trissomia do 21 cause atraso, exacerbação ou qualquer outro tipo de alteração quanto à expressão da sexualidade em seus portadores. O que a literatura demonstra é que a família que recebe essa criança precisa ser acompanhada por equipe multiprofissional e conduzida de maneira que o portador de SD alcance seu potencial máximo de desenvolvimento.