Relação entre colelitíase e cirurgia bariátrica
uma revisão de literatura
Palavras-chave:
Cirurgia bariátrica, Colelitíase, Perda de pesoResumo
A obesidade em si é um fator predisponente para uma gama exacerbada de outras doenças, uma delas é a doença que acomete a vesícula biliar. 25% a 45% dos obesos mórbidos apresentam colelitíase, sendo considerada uma patologia multifatorial, sendo associada a rápida diminuição corporal. Esse estudo tem como objetivo buscar fatores que podem predispor o surgimento da colelitíase em pacientes com obesidade mórbida que se sujeitaram à realização da cirurgia bariátrica. Revisão de literatura realizada de agosto a setembro de 2023, baseada estratégia PICO. Considerou-se artigos completos e revistas nos idiomas português, inglês e espanhol. Utilizou-se os operadores booleanos “and”, “or” ou/e “not” nas bases de acesso das plataformas BVS, SciELO, PubMed e EBSCO. Os resultados demonstraram maior ocorrência de procedimentos de colecistectomia associados à técnica de gastrectomia em Sleeve (10,1%), bypass gástrico (9,7%) e 0,5% após realização da banda gástrica. Indivíduos que experimentam uma circulação insuficiente de ácidos biliares no sistema entero-hepático, podem apresentar bile com excesso de colesterol, pois ocorre redução no pool de ácidos biliares disponíveis e aumento na produção hepática. Sendo assim, notou-se que o bypass gástrico em Y de Roux e Sleeve são as técnicas que possuem maior relação com o surgimento da colelitíase. Ocorrendo a diminuição da ingestão alimentar após cirurgias que envolvem restrições gástricas, pode resultar em uma redução no estímulo para a contração da vesícula biliar, levando assim à estase biliar. Porém, mesmo sendo uma complicação frequente, a colecistectomia profilática está indicada apenas para pacientes sintomáticos.