Doses de cobre nutricional via folha na cultura da soja
Palavras-chave:
Glycine max (L.) Merrill, micronutrientes, produtividadeResumo
A soja desempenha um papel crucial tanto na economia nacional quanto internacional, sendo amplamente reconhecida por suas diversas aplicações em diferentes setores. No Brasil, na safra de 2021/22, a área plantada alcançou 40.921,9 milhões de hectares, resultando em uma produção de 123.829,5 milhões de toneladas. O presente estudo teve como objetivo contribuir para a produção de soja, por meio da aplicação foliar de cobre (Cu) nutricional, considerando também seus impactos econômicos, uma vez que este nutriente é frequentemente encontrado em quantidades limitadas no solo. O experimento foi conduzido na Fazenda Mata Burros, localizada no município de Lagoa Formosa, MG. Inicialmente, foi feita a amostragem de solo a uma profundidade de 0-20cm para caracterização das propriedades químicas da área e determinação da adubação necessária. A semeadura foi realizada em 01/11/2022, utilizando a cultivar Agroeste 3707 ix2 xtend, com ciclo de 110 a 115 dias e pertencente ao grupo de maturação 7.0. O delineamento experimental adotado foi o de blocos casualizados (DBC), com cinco tratamentos e quatro repetições, em parcelas de 4 linhas de 6m, totalizando uma área de 240m². As aplicações do cobre via foliar foram realizadas em diferentes estágios do ciclo da cultura: V6/7, R1/2 e R5. As doses de Cu - EDTA foram diluídas em água e aplicadas com pulverizador costal propelido a CO2. Foram avaliados diversos parâmetros, incluindo número de vagens por planta, massa de vagem por planta, número de nós reprodutivos totais por planta, número de ramificações por planta e número de grãos por planta, além do número de grãos por vagem. As medições foram realizadas em quatro plantas de cada parcela e as médias foram calculadas. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo Teste de Tukey, com nível de significância de 5%, utilizando o software SISVAR. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os tratamentos, impossibilitando a determinação da eficácia de um em relação aos demais. Consequentemente, não foi possível identificar nenhum tratamento como estatisticamente superior aos demais. Portanto, conclui-se que nenhum dos tratamentos apresentou impacto significativo em nível estatístico. Além disso, destaca-se que, para avaliar o uso de micronutrientes na cultura da soja, é necessário considerar não apenas a produtividade, mas também os efeitos na fisiologia vegetal, controle de doenças e aspectos econômicos. Essas variáveis desempenham um papel fundamental na tomada de decisão sobre a utilização dessas tecnologias, sendo a resposta obtida dependente desses fatores.