Efeito da categoria animal sobre a reprodução de matrizes nelore em programas de IATF

Autores

  • Luís Guilherme Gonçalves Muniz Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Érika da Cruz dos Reis Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Lidia Dornelas Rodrigues Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Gilson Passos de Moraes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

IATF, multíparas, nulíparas, perda gestacional, primíparas

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos das categorias de animais nulíparas (novilhas que ainda não tiveram cria), primíparas (com apenas uma cria) e multíparas (com várias crias) sobre a taxa de concepção aos 30 dias e as perdas gestacionais aos 90 e 240 dias. Foi utilizado a análise de dados retrospectivos na estação de monta 20/21 na Fazenda Porto Velho, localizada em Cristalina - GO. Suas atividades consistem no sistema de produção de integração lavoura pecuária (ILP). É uma pecuária de corte onde faz a cria e recria no sistema de produção intensivo, semiextensivo e extensivo. Foram avaliadas 483 fêmeas com idades entre 12 e 60 meses, divididas em três grupos: Grupo 1 (168 Nulíparas), Grupo 2 (152 Primíparas) e Grupo 3 (168 Multíparas). Os animais foram submetidos a um protocolo de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) com duração de 10 dias. O diagnóstico de gestação para avaliar a taxa de concepção foi realizado aos 30 dias pós-IATF, e a confirmação das perdas gestacionais ocorreu aos 90 e 240 dias, ambos por ultrassonografia. A taxa de concepção e as perdas gestacionais por categoria foram avaliadas utilizando o teste Qui-quadrado no programa Excel. Os resultados mostraram que o Grupo 1 (nulíparas) teve uma taxa de concepção de 33,53%, enquanto o Grupo 2 (primíparas) e o Grupo 3 (multíparas) apresentaram 50,66% e 70,55% na primeira IATF, respectivamente. No entanto, em comparação com o Grupo 3 (multíparas), o Grupo 1 (nulíparas) não apresentou diferença estatística significativa (p > 0,05). No diagnóstico de gestação aos 240 dias para detectar perdas gestacionais, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre o Grupo 1 (nulíparas), Grupo 2 (primíparas) e Grupo 3 (multíparas) (P < 0,05). No entanto, o Grupo 2 (primíparas) apresentou uma taxa de perda gestacional mais elevada, 25,55% (35:137), em comparação com as Grupo 1 (nulíparas) 23,24% e Grupo 3 (multíparas) 11,97%. A baixa taxa de concepção nas nulíparas após 30 dias pode ser explicada pela ineficiência do corpo lúteo na síntese de progesterona em concentrações suficientes para manter a gestação, devido à imaturidade do sistema reprodutivo das fêmeas jovens. Quanto ao diagnóstico de 240 dias, as primíparas justificaram seus resultados devido à maior demanda energética, não apenas para a reprodução, mas também para seu próprio crescimento e desenvolvimento corporal. As multíparas apresentaram menores índices de morte fetal devido à menor necessidade de energia para o desenvolvimento corporal, uma vez que já atingiram a idade adulta, permitindo que mantenham a gestação e o peso corporal com adequada nutrição. A categoria animal influencia a taxa de concepção e as perdas gestacionais, com multíparas tendo altas taxas de concepção na primeira IATF em comparação com nulíparas e primíparas. Além disso, as multíparas mostraram taxas mais baixas de perdas gestacionais, demonstrando sua eficiência reprodutiva.

Biografia do Autor

Luís Guilherme Gonçalves Muniz, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina Veterinária

Érika da Cruz dos Reis, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina Veterinária

Lidia Dornelas Rodrigues, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina Veterinária

Gilson Passos de Moraes, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor orientador

Downloads

Publicado

2024-11-01

Edição

Seção

Resumos - Medicina Veterinária