Composição bromatológica de silagem de milho reensilada com inclusão de alimentos concentrados
Palavras-chave:
aditivos alimentares, bovinocultura, bromatologia, matéria secaResumo
A adição de alimentos concentrados à ensilagem de milho pode melhorar a conservação e qualidade da silagem. No entanto, os benefícios dessa prática sobre a composição bromatológica podem variar em função dos alimentos concentrados adicionados. O objetivo deste estudo foi realizar uma análise exploratória da composição bromatológica de amostras de silagem de milho reensiladas com inclusão de alimentos concentrados pertencentes a uma fazenda no município de Patos de Minas, Minas Gerais. A pesquisa foi conduzida no Laboratório de Bromatologia e Nutrição Animal do Centro Universitário de Patos de Minas em 2023. A silagem de milho foi obtida em uma propriedade rural do referido município a partir de um silo tipo trincheira, com período de armazenamento de sete meses. No laboratório, procedeu-se à adição de aditivos alimentares à silagem, na proporção de 70% de silagem e 30% de aditivo, e as amostras foram reensiladas em mini silos por 42 dias. Os tratamentos corresponderam a três aditivos alimentares e um controle, sendo: silagem pura (controle), silagem com aditivo de farelo de soja, silagem com aditivo de farelo de milho sabugo e silagem com aditivo de farelo de trigo. Adotou-se cinco repetições por tratamento e o experimento foi conduzido em Delineamento Inteiramente Casualizado. As avaliações consistiram na determinação do pH e da matéria seca da silagem após a reensilagem. Os resultados foram submetidos à análise de variância e ao Teste de Tukey (5% de significância) utilizando o software SISVAR®. O pH variou entre 3,56 e 4,08, sendo o menor e o maior valor obtidos nos tratamentos com aditivo de farelo de trigo e silagem pura, respectivamente. O menor valor de matéria seca (73,22g) foi obtido para silagem com aditivo de farelo de trigo, apresentando uma redução de 27,30g em comparação com o tratamento controle. Os tratamentos com aditivo de farelo de soja e de farelo de milho sabugo apresentaram 100,32g e 98,956g de matéria seca, respectivamente, e não diferiram estatisticamente do tratamento controle. No entanto, ambos os tratamentos foram superiores ao uso de farelo de trigo como aditivo. Conclui-se que a composição bromatológica da silagem de milho reensilada é influenciada pela inclusão de alimentos concentrados, sendo que o uso de farelo de trigo como aditivo contribui para a redução do pH e da matéria seca da silagem. O uso de farelo de soja e de milho sabugo não influenciou essas características bromatológicas em comparação à silagem pura.