Avaliação da autenticidade do mel de abelha comercializado no município de Patos de Minas
Palavras-chave:
adulteração, fiehe, lugol, lund, melResumo
O mel é um produto naturalmente doce produzido pelas abelhas Apis mellifera L., Apidae. Tem uma base aquosa e é composto por açúcares simples de glicose, frutose, enzimas, aminoácidos orgânicos, carboidratos, sais minerais e vitaminas. É considerado de fácil adulteração por sofrer grandes variações de sabor, cheiro, cor e viscosidade, de acordo com sua produção (inseto, néctar e água). O objetivo da pesquisa foi analisar méis comercializados no município de Patos de Minas, a fim de encontrar possíveis adulterações. Foram avaliadas dez amostras de mel de abelha obtidas de seis estabelecimentos comerciais diferentes, no ano de 2023. As amostras foram submetidas a três testes próprios para averiguação da autenticidade do mel de abelha, Fiehe, Lugol e Lund, que são descritos nas Normas Estatísticas do Instituto Adolfo Lutz. A reação de Fiehe reconhece adição de açúcares ou superaquecimento. A reação de Lugol detecta adição de açúcares, xaropes e amido. E a reação de Lund revela os aminoácidos orgânicos naturais presentes no mel. Os resultados destas análises mostraram que 9 das 10 amostras de mel testadas obtiveram resultados positivos para superaquecimento. A análise pela reação de Lugol descartou a adulteração por adição de açúcares e a reação de Fiehe, positiva em sua maioria, em conjunto com a reação de Lund de resultado absoluto negativo confirmam a exposição do mel a superaquecimento. O superaquecimento do mel é prejudicial à saúde humana, isso porque o mel em altas temperaturas têm um aumento significativo do hidroximetilfurfural (HMF), que é tóxico ao ser humano, podendo causar irritação nos olhos, mucosas e pele, e é considerado genotóxico (cancerígeno). Conclui-se que o superaquecimento nos méis analisados confirma a necessidade de uma maior fiscalização dos órgãos competentes.