Avaliação da autenticidade do mel de abelha comercializado no município de Patos de Minas

Autores

  • Michelle Amâncio de Oliveira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Erica Takaya Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Luiz Fernando Rocha Botelho Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Sady Alexis Chavauty Valdes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

adulteração, fiehe, lugol, lund, mel

Resumo

O mel é um produto naturalmente doce produzido pelas abelhas Apis mellifera L., Apidae. Tem uma base aquosa e é composto por açúcares simples de glicose, frutose, enzimas, aminoácidos orgânicos, carboidratos, sais minerais e vitaminas. É considerado de fácil adulteração por sofrer grandes variações de sabor, cheiro, cor e viscosidade, de acordo com sua produção (inseto, néctar e água). O objetivo da pesquisa foi analisar méis comercializados no município de Patos de Minas, a fim de encontrar possíveis adulterações. Foram avaliadas dez amostras de mel de abelha obtidas de seis estabelecimentos comerciais diferentes, no ano de 2023. As amostras foram submetidas a três testes próprios para averiguação da autenticidade do mel de abelha, Fiehe, Lugol e Lund, que são descritos nas Normas Estatísticas do Instituto Adolfo Lutz. A reação de Fiehe reconhece adição de açúcares ou superaquecimento. A reação de Lugol detecta adição de açúcares, xaropes e amido. E a reação de Lund revela os aminoácidos orgânicos naturais presentes no mel. Os resultados destas análises mostraram que 9 das 10 amostras de mel testadas obtiveram resultados positivos para superaquecimento. A análise pela reação de Lugol descartou a adulteração por adição de açúcares e a reação de Fiehe, positiva em sua maioria, em conjunto com a reação de Lund de resultado absoluto negativo confirmam a exposição do mel a superaquecimento. O superaquecimento do mel é prejudicial à saúde humana, isso porque o mel em altas temperaturas têm um aumento significativo do hidroximetilfurfural (HMF), que é tóxico ao ser humano, podendo causar irritação nos olhos, mucosas e pele, e é considerado genotóxico (cancerígeno). Conclui-se que o superaquecimento nos méis analisados confirma a necessidade de uma maior fiscalização dos órgãos competentes.

Biografia do Autor

Michelle Amâncio de Oliveira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina Veterinária

Erica Takaya, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Zootecnia

Luiz Fernando Rocha Botelho, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor de Medicina Veterinária

Sady Alexis Chavauty Valdes, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor orientador

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Publicado

2024-10-30

Edição

Seção

Resumos - Medicina Veterinária