Eficácia de diferentes protocolos de sanidade ambiental em instalação de creche de suínos

Autores

  • Bruna Eduarda Cunha Franco Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Baltazar João Vieira Auma Negócios
  • Kévin Antunes de Almeida Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Daniel Gonçalves Nogueira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Luiz Fernando Rocha Botelho Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

biosseguridade, contaminação residual, desinfecção, protocolo sanitário

Resumo

Durante o desmame de suínos, há uma queda significativa na imunidade dos animais, devido às mudanças fisiológicas e ambientais. Em sistemas intensivos de criação, ambientes insalubres propiciam a colonização de microrganismos patogênicos, exigindo medidas de biosseguridade, como limpeza, desinfecção e vazio sanitário nas instalações, para controle e prevenção de enfermidades. Na limpeza e desinfecção, é crucial garantir a secura dos equipamentos, especialmente bebedouros e comedouros, que podem reter água da limpeza, servindo como potenciais focos de bactérias durante o vazio sanitário. O presente estudo, conduzido na sala de creche vazia da Granja Recanto, avaliou a eficácia de diferentes protocolos de saneamento para reduzir a carga microbiana do ambiente. Foram identificados cinco pontos de coleta, incluindo equipamentos (chupeta e cocho de ração) e instalações (parede, piso ripado e piso maciço de concreto), abrangendo áreas críticas de contaminação. Amostras foram coletadas em três momentos distintos: imediatamente após a secagem da lavagem (Momento 1), quatro horas após o vazio sanitário (Momento 2) e sete dias após o vazio sanitário (Momento 3). A pesquisa microbiana envolveu a detecção de Escherichia coli, Salmonella sp. e fungos filamentosos, utilizando meios de cultura seletivos. Os resultados revelaram que os protocolos empregados não foram eficazes em eliminar E. coli do piso ripado e do cocho de ração em nenhum dos momentos avaliados. A análise dos equipamentos mostrou que somente após sete dias de vazio sanitário foi possível eliminar E. coli do bebedouro chupeta. No entanto, no cocho de ração, houve crescimento de Salmonella sp. após sete dias de vazio sanitário. Portanto, os protocolos de saneamento adotados não foram efetivos para controlar as bactérias em todos os pontos de coleta. Esses resultados destacam a necessidade de revisão e aprimoramento dos protocolos de biosseguridade utilizados, visando garantir um ambiente higiênico e livre de patógenos nas instalações de creche de suínos, contribuindo assim para a saúde e o bem-estar dos animais e para a produtividade da produção suinícola.

Biografia do Autor

Bruna Eduarda Cunha Franco, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina Veterinária

Baltazar João Vieira, Auma Negócios

Tecnólogo em Agronegócio

Kévin Antunes de Almeida, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina Veterinária

Daniel Gonçalves Nogueira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Especialista em Biotecnologia e Bioprocessos

Luiz Fernando Rocha Botelho, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor orientador

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Publicado

2024-11-01

Edição

Seção

Resumos - Medicina Veterinária