Diferentes doses de bioestimulante no tratamento pré-germinativo de sementes de cenoura
Palavras-chave:
ácido giberélico, ácido indolbutírico, cinetina, Daucus carota, germinaçãoResumo
A cenoura (Daucus carota L.) é uma raiz tuberosa de grande importância econômica, reconhecida por seu alto valor nutricional. No entanto, as sementes dessa cultura frequentemente enfrentam desafios em relação à germinação. Nesse contexto, uma estratégia para superar essa adversidade é o uso de bioestimulantes. O objetivo deste estudo foi avaliar diferentes doses de bioestimulantes no tratamento pré-germinativo de sementes de cenoura. O experimento foi conduzido no Laboratório e Núcleo de Pesquisa em Sementes, utilizando a cultivar de cenoura Nantes Calibrada Média. O delineamento experimental adotado foi inteiramente casualizado, com quatro dosagens do bioestimulante Stimulate (0, 5, 10 e 15 ml.L-1 de água), um produto comercial que contém 0,005% de ácido giberélico, 0,005% de ácido indolbutírico e 0,009% de cinetina. A semeadura foi realizada em caixas de acrílico transparente contendo duas folhas de papel Germitest umedecidas com a solução de bioestimulante na proporção de 2,5 vezes a massa do papel seco. Cada tratamento foi repetido quatro vezes, utilizando 25 sementes por repetição, e os recipientes foram mantidos em câmara de germinação a 25 °C e fotoperíodo de 12 horas, durante 14 dias. As variáveis analisadas incluíram a porcentagem de germinação, comprimento da radícula e massa fresca da plântula. Os dados coletados foram submetidos à análise de variância (ANOVA), demonstrando que não houve diferença estatisticamente significativa entre as variáveis de interesse. Esses resultados sugerem que, apesar de o bioestimulante conter giberelina, cuja função está associada ao crescimento e desenvolvimento vegetal, o uso de doses baixas pode não fornecer uma quantidade suficiente de GA3 para influenciar o metabolismo das sementes. Além disso, a possível compartimentalização do produto, com eficácia observada apenas em estágios posteriores do desenvolvimento vegetal e sem participação significativa no processo germinativo, pode ter contribuído para esses resultados. Portanto, conclui-se que as diferentes doses de bioestimulante não influenciaram significativamente no tratamento pré-germinativo de sementes de cenoura.