Tenotomia do tendão flexor digital profundo em equino

relato de caso

Autores

  • Rafael Vargas de Andrade Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Juliana Borges Pereira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Rafaella Cristina Caetano Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Maryelle Fernandes Duarte Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

deformidade flexural, equino;, ferrageamento;, membro pélvico;

Resumo

A técnica de tenotomia do tendão flexor digital profundo tem como intuito o tratamento de deformidade flexural da articulação interfalangeana distal dos membros pélvicos do equino. Este estudo tem como objetivo relatar um caso de deformidade flexural, sendo caracterizado como contratura do tendão flexor digital profundo grau II, onde avaliamos a resolução cirúrgica dele, visando o conforto e posicionamento correto da articulação interfalangiana distal através da técnica de tenotomia e prevenindo desenvolvimento de degenerações articulares futuras. O estudo foi submetido no dia 12/05/2023 e aprovado no dia 14/07/2023 pela Comissão de Ética no Uso de Animais - CEUA do Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM, sob número de protocolo 54/23. Um equino macho da raça Mangalarga Marchador, com 5 anos de idade, com o peso de 400Kg, apresentou deformidade flexural a partir de um ano e meio de idade, após avaliação foi instaurado casqueamento de correção ortopédico até os 60 meses e não houve evolução, após reavaliação foi constatado deformidade flexural grau II. Foi instituído casqueamento e ferrageamento com ferradura rabo de peixe, em seguida tenotomia do tendão flexor digital profundo do membro pélvico direito e esquerdo, optou-se por realizar o procedimento com animal em estação, para sedação utilizou detomidina 0,002mg/kg, a tricotomia foi realizada no terço médio do metatarso, em seguida foi feita antissepsia utilizando clorexidina e álcool 70%, bloqueio anestésico local com cloridrato de lidocaína 2% com vasoconstritor e incisão realizada no terço médio do metatarso. Foi realizado identificação e exteriorização com auxílio de duas pinças hemostáticas curvas, e secção do TFDP com auxílio do bisturi, em seguida sutura de pele com fio nylon 0.60 milímetros, seguidos de atadura de algodão e bandagem elástica. No pós-operatório Benzilpenicilina Potássica/Sulfato de Gentamicina, Flunixin Meglumine e soro antitetânico liofilizado. Ferrageamento ortopédico a cada 45 dias com ferradura rabo de peixe e no quarto mês de pós operatório após avaliação foi constatado ótima cicatrização do tendão, correta angulação e equilíbrio do casco, logo após o animal foi submetido ao ferrageamento ortopédico com ferradura Straight Bar. Podemos concluir que com diagnóstico e tratamento preciso o animal apresentou prognóstico favorável com grande evolução, proporcionando melhor qualidade de vida e bem estar ao animal, além de prevenir degenerações articulares futuras.

Biografia do Autor

Rafael Vargas de Andrade, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina Veterinária

Juliana Borges Pereira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora de Medicina Veterinária

Rafaella Cristina Caetano, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora de Medicina Veterinária

Maryelle Fernandes Duarte, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora orientadora

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Publicado

2024-11-06

Edição

Seção

Resumos - Medicina Veterinária