Avaliação hemodinâmica e respiratória em gatas submetidas a ovariohisterectomia sob uso de dexmedetomidina e xilazina como medicação pré-anestésica
Palavras-chave:
controle populacional, parâmetros vitais, efeitos colateraisResumo
A castração é uma das maneiras mais eficazes para o controle de animais errantes, proporcionando maior qualidade de vida aos animais e a diminuição da população em situação de rua. Esse é um dos procedimentos cirúrgicos mais comumente realizados na Medicina Veterinária, visando tanto o controle populacional quanto o tratamento de enfermidades do trato reprodutivo. A dexmedetomidina, assim como outros agonistas α-2 adrenérgicos, é amplamente utilizada na medicina felina devido a sua ação sedativa e capacidade de reduzir o requerimento de outros anestésicos. Já a anestesia com xilazina, também usada em anestesia dissociativa, promove a interrupção seletiva dos estímulos aferentes sensoriais e estimulam regiões responsáveis pelas ações psicomotoras. O objetivo deste estudo foi analisar os parâmetros vitais de cada animal durante o período pré e trans anestésico e comparar os efeitos anestésicos obtidos a partir da utilização de dexmedetomidina em relação ao emprego da xilazina na medicação pré-anestésica em gatas submetidas a ovariohisterectomia e propor qual medicação foi mais segura causando menos efeitos colaterais. Foram utilizadas 14 gatas hígidas, sem raça definida, provenientes do Centro Clínico Veterinário do Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM, para realização de ovariohisterectomia (OH) e foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos, de igual número (n = 7), conduzido com dois protocolos de medicação pré-anestésica (MPA), o primeiro grupo recebeu o tratamento com xilazina na dose de 1mg/kg por via intramuscular e o segundo com dexmedetomidina na dose de 8mcg/kg por via intramuscular. Foram realizadas aferições da FC, FR, TC e PAS antes da realização do procedimento, 20 minutos após a MPA, no início do procedimento, de 10 em 10 minutos durante a realização do procedimento sendo em 10 minutos de procedimento e em 20 minutos de procedimento e por fim uma aferição dos parâmetros vitais após a realização do procedimento. Utilizando o Teste de Tukey ao nível de significância de 5%, foi possível avaliar que a dexmedetomidina por via intramuscular produziu efeito sedativo semelhante à administração de xilazina, com menores efeitos sobre a FR, PAS e TC. Já com a administração da xilazina pela via intramuscular observou-se valores menos estáveis de frequência cardíaca, sendo a dexmedetomidina considerada o fármaco com menor variação dos parâmetros vitais e, portanto, considerada mais segura de ser utilizada.