Avaliação da carcaça e qualidade de carne de suínos submetidos ao enriquecimento ambiental

Autores

  • Ana Karolyne Gomes da Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Maria Gabriela dos Reis Mota Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Luiza de Almeida Ramos Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Luiz Fernando Rocha Botelho Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

bem-estar animal, capacidade de retenção de água, enriquecimento ambiental, produção, Instrução Normativa nº 113

Resumo

A carne suína tem ganhado destaque no Brasil, tanto no consumo interno quanto na exportação, exigindo aprimoramento das técnicas de produção para atender aos padrões desejáveis tanto pelos produtores quanto pelos consumidores. A qualidade da carne suína é influenciada por diversos fatores, sendo o manejo dos animais um dos mais significativos. Em linha com essa preocupação, a Instrução Normativa nº 113, publicada em 2020, propõe novas práticas de manejo dentro das granjas, visando melhorar o bem-estar dos animais, com ênfase no enriquecimento ambiental como estratégia para reduzir o estresse. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do enriquecimento ambiental para suínos sobre o rendimento de carcaça e a qualidade da carne suína. Foram utilizados 24 animais nos últimos 30 dias de criação, divididos em três tratamentos: Tratamento I (controle) - sem enriquecimento ambiental; Tratamento II - com três correntes simples soltas; e Tratamento III - com três correntes ramificadas. Quando os animais atingiram um peso vivo médio de 109kg, foram submetidos ao abate, e diversas análises foram realizadas, incluindo pH inicial e final, peso da carcaça quente e fria, espessura de toucinho, e análises de composição da carne. Os resultados demonstraram que houve diferença significativa apenas para o parâmetro de retenção de água por pressão, onde se observou influência do enriquecimento ambiental (P < 0,01). Os animais criados com três correntes simples apresentaram maior capacidade de retenção de água por pressão (81%) em comparação com os animais criados sem corrente (75%) e com três correntes ramificadas (73,6%). Não foram observadas diferenças significativas nos demais parâmetros avaliados, incluindo rendimento de carcaça, espessura de toucinho, composição centesimal da carne suína e perda de água por gotejamento. Assim, nas condições experimentais estudadas, conclui-se que o uso do enriquecimento ambiental teve impacto apenas na capacidade de retenção de água por pressão, com melhores resultados nos animais criados com três correntes simples.

 

Biografia do Autor

Ana Karolyne Gomes da Silva, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina Veterinária

Maria Gabriela dos Reis Mota , Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina Veterinária

Luiza de Almeida Ramos, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina Veterinária

Luiz Fernando Rocha Botelho , Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor orientador

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Publicado

2024-10-30

Edição

Seção

Resumos - Medicina Veterinária