Panorama brasileiro da produção e exportação da carne suína de 2017 a 2022
Palavras-chave:
exportação de carne suína, relatório ABPA, suinoculturaResumo
A suinocultura brasileira destaca-se como um dos principais pilares da exportação de carnes a nível global, ocupando o 4º lugar entre os maiores exportadores e contribuindo significativamente para a economia nacional, gerando renda e promovendo o crescimento do país. Os dados para esta análise foram obtidos a partir dos relatórios públicos disponibilizados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Observa-se que o ano de 2021 registrou o maior volume em toneladas exportadas (1.137.000), superando em 17 mil toneladas o total exportado em 2022, interrompendo assim o crescimento das exportações, semelhante ao que ocorreu entre 2017 e 2018. Quanto à região com a maior produção e abate de suínos, o Sul do Brasil se destaca como o principal polo suinícola do país em todos os aspectos. Nesse contexto, o estado de Santa Catarina é reconhecido como o maior exportador de produtos suinícolas, sendo o continente Asiático o principal destino das exportações brasileiras. Destaca-se que a China, há anos, é o maior importador de carne suína e, a partir de 2019, os números de importação aumentaram devido aos surtos de Peste Suína Africana (PSA) e à pandemia de COVID-19, que afetaram significativamente a produção suína no país. União Europeia, Estados Unidos e Canadá lideram as estatísticas de exportação desde 2017, impulsionando também os números da exportação brasileira, especialmente devido à crise na produção suína chinesa. O mercado global de carne suína ainda está em ascensão, desempenhando um papel crucial no Produto Interno Bruto (PIB) de diversos países, incluindo o Brasil. No entanto, a inconsistência e a falta de alinhamento nos dados dos relatórios dificultam a precisão na compreensão do panorama das exportações, mas fornecem uma visão geral da situação atual do Brasil nesse mercado. Apesar dos bons números apresentados pelo Brasil, o mercado mostra-se instável, suscetível a interferências de crises internacionais, acordos políticos e eventos ambientais, como surtos de doenças. O país apresenta uma certa dependência da Ásia, principalmente da China e de Hong Kong, o que nem sempre é vantajoso. No entanto, a perspectiva é que a exportação de carne suína brasileira continue a expandir-se e alcance novos mercados, à medida que o mercado nacional se mantém cada vez mais adaptado e atualizado para atender à demanda internacional.