Conhecimento de produtores de gado de corte sobre a importância do manejo sanitário no município de Patrocínio - MG
Palavras-chave:
bovinocultura de corte, questionário, sanidadeResumo
A pecuária de corte no Brasil é um dos principais pilares econômicos, sendo o país um dos maiores produtores de carne bovina do mundo. O objetivo dessa pesquisa foi realizar um levantamento a respeito das práticas de manejo sanitário nas propriedades e analisar o conhecimento de produtores de gado de corte. O estudo foi realizado no município de Patrocínio - MG, mediante submissão presencial dos produtores. O questionário foi aplicado por meio de visita a cada propriedade rural, com início no dia 08/09 e fim no dia 18/09 de 2023. Avaliou-se 100 produtores, distribuídos em 15 comunidades rurais que compõem o município. O questionário foi desenvolvido na plataforma Google Forms, e abordou 6 fatores que determinaram o perfil dos produtores sendo eles: Parte 1: Vacinação, Parte 2: Vermifugação, Parte 3: Higiene do ambiente, Parte 4: Uso de materiais no rebanho, Parte 5: Controle de parasitas, Parte 6: Cuidados com bezerros recém-nascidos. Em relação ao sexo dos produtores entrevistados, 100% se identificaram como sendo do sexo masculino. Quanto ao número de cabeças em cada propriedade, 81% dos produtores têm menos de 50 cabeças de gado, apenas 1% dos produtores tem mais de 400 cabeças. Quando questionados sobre a vacinação contra Brucelose, em 6% das propriedades nenhum animal é vacinado e em 94% vacina-se as fêmeas com 3 a 8 meses. Em relação à vacinação contra o Carbúnculo Sintomático, 8% dos produtores disseram não vacinar nenhum animal, e 92% vacinam bezerro(as) de 4 a 6 meses de idade. Referente à oferta de sal mineral, 7% responderam que não disponibilizam sal para o rebanho, 4% disponibiliza somente para as vacas e 89% ofertam para todo o rebanho. Sobre uso de materiais, apenas 6% dos entrevistados disseram realizar o descarte de agulhas corretamente após a utilização individual, 91% descartam as agulhas após serem utilizadas um “X” de animais e 3% as agulhas não são trocadas/descartadas durante os procedimentos. Quanto à colostragem dos bezerros (as), 100% dos produtores responderam que os neonatos recebem o colostro dentro de no máximo 6 horas de vida. Em relação a cura do umbigo, em 59% das propriedades é realizada a imersão do umbigo soluções de iodo, 38% fazem uso de mata bicheira e 3% não realizam a cura do umbigo. Diante disso, fica evidente a necessidade de realizar correções no manejo sanitário a fim de melhorar as condições dos animais e aumentar os ganhos produtivos.