Efeito de diferentes fontes de volumosos sobre a morfo-histologia da mucosa intestinal e no rendimento de carcaça de coelhos

Autores

  • Érika da Cruz dos Reis Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Marianna Silva Santos Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Lays de Oliveira Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Juliana Borges Pereira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Luiz Fernando Rocha Botelho Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

Ceco, Fibra, Lagomorfo, Microvilosidades, Rendimento de carcaça

Resumo

Coelhos permitem fibra em sua dieta, podendo causar alterações na morfo-histologia intestinal. Objetivou-se avaliar a interferência de diferentes fontes de volumoso na morfo-histologia da mucosa intestinal e no rendimento de carcaça de coelhos dos 35 a 80 dias. O trabalho foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais - CEUA - UNIPAM, sob o número de protocolo 76/21, e aprovado termo adendo em 20 de março de 2023 para prorrogação e ajuste metodológico. Foi alojado no Campo Experimental Canavial - UNIPAM Campus II, por 45 dias, 30 coelhos da raça Califórnia, machos e fêmeas, na fase crescimento/desmama (35 dias), submetidos ao Tratamento 1: ração, Tratamento 2: ração + 200 g de couve, e Tratamento 3: ração + 200 g de feno Tifton-85 tipo A. Ao final quatro animais de cada tratamento foram eutanasiados, avaliado o rendimento de carcaça, de alças intestinais, pH do ceco, altura de vilosidades (AV), profundidade de criptas (PC), relação AV: PC e submetidos à análise de variância a 5% de probabilidade, e, quando significativos, aplicados ao Teste Tukey utilizando o programa SISVAR; e quantificação de lesões da mucosa do duodeno e ceco por meio de estatística descritiva, através de frequência absoluta e relativa (%) utilizando o programa Excel da Microsoft. Foi verificado pH mais acidificado no tratamento com inclusão de couve (6,67) e feno (6,74) em comparação ao controle (7,14), mas sem prejuízo no rendimento de carcaça. Nos parâmetros histológicos observou-se alteração significativa na relação AV: PC no duodeno no tratamento controle (7,10μm) e no grupo alimentado com adição de feno (3,38μm), porém o impacto do fornecimento de feno foi semelhante ao fornecimento de couve (2,67μm). Este último apresentou resultados menos satisfatórios por ser um alimento fornecido in natura e, portanto, mais exigente quanto à absorção de seus componentes nutricionais. Sobre a quantificação de lesões, percebeu-se menor impacto no tratamento com inclusão de feno, sendo ausente hiperemia ou hiperplasia de glândulas no duodeno e no ceco dos animais alimentados com feno, e descamação de epitélio e ausência ou redução de criptas não observadas no ceco deste grupo (0%). No duodeno apenas 25% dos animais apresentaram redução de criptas e descamação de epitélio, e 50% apresentaram no duodeno e no ceco atrofia ou redução de vilosidades. Conclui-se que uma dieta vinda de alimentos não convencionais é rentável e menos impactante ao animal quando à base de algum tipo de feno.

Biografia do Autor

Érika da Cruz dos Reis, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina Veterinária

Marianna Silva Santos, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina Veterinária

Lays de Oliveira Silva, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina Veterinária

Juliana Borges Pereira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora coorientadora

Luiz Fernando Rocha Botelho, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor orientador

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Publicado

2024-11-01

Edição

Seção

Resumos - Medicina Veterinária