Atividade assistida por peixes como terapia auxiliar para crianças com transtorno do espectro autista
Palavras-chave:
aquarismo, autismo, terapia assistida por animais, TAAResumo
Pessoas diagnosticadas dentro do espectro autista precisam de terapias integradas para otimizar sua qualidade de vida. Neste estudo, avaliamos a eficácia de terapia assistida por peixes neon em aquário como terapia auxiliar para 18 crianças diagnosticadas com transtorno do espectro autista em uma clínica de fisioterapia localizada no município de Patos de Minas, MG, após aprovação da Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) sob protocolo 94/22. Para esta terapia, foi utilizado um aquário de 30 litros contendo areia no fundo, macrófitas aquáticas, pedras e seis peixes-neons (Paracheirodon innesi). As crianças foram avaliadas durante doze dias. Antes da intervenção com Terapia Assistida por Animais (TAA), foram feitas perguntas abertas sobre a interação social e afetiva da criança: (1) “Como é o desempenho físico do seu filho?”; (2) “Como é o aspecto social e/ou emocional do seu filho?”; (3) “Como é o comportamento do seu filho em relação aos irmãos(as), colegas de escola e as demais pessoas?”. Outra entrevista foi realizada na conclusão do estudo, sobre o impacto da TAA nos aspectos socioafetivos: (1) “Você acha que a TAA exerceu alguma influência no desempenho físico de seu filho? Se sim, de que forma?”; (2) “O comportamento de seu filho em relação às demais pessoas, irmãos (as), amigos, colegas de escola, teve alguma alteração após o início da TAA?”; (3) “Em comparação à fisioterapia convencional, você identificou diferenças? Se sim, quais são elas?”. Ao final do experimento, os resultados das entrevistas foram filtrados a fim de serem coletadas respostas objetivas, sendo relacionadas ao desempenho dos alunos durante as atividades realizadas após serem expostos à presença do aquário. Todas as crianças apresentaram alterações positivas quanto ao comportamento com outras pessoas do dia a dia, melhora na comunicação, além de estarem mais dispostas a compartilhar os brinquedos com outros colegas. Segundo o que foi observado durante o estudo, pode-se concluir que a eficácia da atividade assistida por peixes como terapia auxiliar para crianças diagnosticadas com transtorno do espectro autista é possível de ser considerada. Conforme avaliado por meio das respostas dos tutores dadas à entrevista realizada antes e após o experimento, foi identificada uma melhora comportamental e intelectual das crianças que participaram do estudo.