Achado dermatológico nos exames parasitológicos realizados em cães no Centro Clínico Veterinário Unipam, Patos de Minas - MG

Autores

  • Vitoria Dutra Mendes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Mariana Assunção de Souza Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Marcelo Bernardi Manzano Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Breno Almeida Wanderley Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

cães, dermatopatia, dermatofitose, demodicose

Resumo

Nas clínicas de pequenos animais, 20% a 75% dos atendimentos realizados têm a ver com lesões de pele. A pele, assim como outros órgãos, requer atenção e cuidados para preservar suas condições e funções adequadas. Sem o devido cuidado ela pode se tornar suscetível às afecções de vários tipos de dermatopatias, que irão comprometer sua funcionalidade e aparência e também, a saúde do animal. O raspado cutâneo é um dos métodos mais utilizados para realização de exame parasitológico de pele em geral e deve ser realizado sempre que houver suspeita de dermatopatia parasitária, foi realizada a análise de 1512 fichas clínicas de cães atendidos no período de janeiro de 2020 à outubro de 2023 no Centro Clínico Veterinário - CCV do UNIPAM, Patos de Minas - MG, as variantes de raça, sexo, manifestações clínicas, foram investigadas mediante à análise dos prontuários clínicos de cães diagnosticados com doenças dermatológicas no exame parasitológico de pele, foram realizados 142 raspado de pele, onde 36 deram positivo a alguma dermatopatia, teve a incidência de 25,35%. Observou-se que, dos 36 cães que obtiveram diagnóstico conclusivo, as fêmeas apresentaram a maior porcentagem, sendo 72,22% (26), embora não se tenha verificado predisposição sexual. A maior porcentagem é para os animais que residiam com outros animais, sendo 72,22%. Observou-se que os cães sem raça definida apresentaram a maior porcentagem de dermopatias, apontando 63,88%, equivalente a 23 animais. Dos cães de raças puras, o Pug, Pitbull e Basset apontaram a mesma porcentagem de 5,55%, equivalente a 2 animais de cada. Foram achados parasitológicos de Esporos endotrix e Demodex canis, levando-nos ao diagnóstico conclusivo de dermatofitose e demodicose, representando 55,55% (36) e 38,88% (36) dos casos, respectivamente. Em sequência, as menores incidências se deram pelo achado parasitológico de macroconídeos, representando 2,77%. Esse resultado corrobora com os achados de Cardoso et al. (2011). O achado no exame cita que foram encontrados as ninfas compatíveis morfologicamente com o artrópode Rhipicephalus sanguineus. As manifestações clínicas dos achados foram: alopecia, lesões, prurido, rubor, pontos escuros com alopecia, eritema, queda de pelo. É possível concluir que a incidência de dermopatias analisadas no Centro Clínico Veterinário, foi menor do que a já relatada na literatura, dermatopatia de maior incidência foram demodicose e dermatofitose. Os cães sem raça definida foram mais frequentes em relação aos cães de raças puras, as fêmeas neste estudo foram as mais afetadas. Esses resultados auxiliarão clínicos e dermatologistas no diagnóstico correto das doenças de pele que afetam cães na região de Patos de Minas - MG.

Biografia do Autor

Vitoria Dutra Mendes, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina Veterinária

Mariana Assunção de Souza, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora de Medicina Veterinária

Marcelo Bernardi Manzano, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor de Medicina Veterinária

Breno Almeida Wanderley, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor orientador

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Publicado

2024-10-28

Edição

Seção

Resumos - Medicina Veterinária