Características clínicas e radiográficas do tumor odontogênico adenomatoide

Autores

  • Amanda Raquel de Oliveira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Kariny Danielly dos Santos Melo Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Polyana Cristina Lopes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Victor da Mota Martins Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Aletheia Moraes Rocha Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

Introdução: O tumor odontogênico adenomatoide (TOA) é uma neoplasia benigna, assintomática e incomum dos maxilares, de comportamento não agressivo e crescimento lento. Sua etiologia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é originada do epitélio odontogênico. O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão de literatura acerca do tumor odontogênico adenomatoide, relatando suas características clínicas e radiográficas. Revisão de literatura: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados Pubmed, Scielo e Google Acadêmico no período de 2016 a 2022, usando as seguintes palavras-chave: “Características clínicas e radiográficas do tumor odontogênico adenomatóide”, “Tumor odontogênico adenomatóide”, “Neoplasia benigna”. Discussão: Clinicamente, o TOA se apresenta como um aumento de volume, assintomático, de crescimento lento e progressivo. Lesões em maiores proporções podem apresentar expansão das corticais ósseas. Acomete principalmente a região anterior da maxila, em pacientes do sexo feminino, na segunda década de vida. O TOA apresenta três variantes: a folicular intraóssea associada a um dente incluso (70% dos casos); a extrafolicular intraóssea sem associação com dente incluso (24% dos casos); e a variante periférica, que é extraóssea e geralmente localiza-se na gengiva, no arco superior, região anterior (0 a 6,7% dos casos). Geralmente, este tumor é descoberto através de exame radiográfico de rotina, no qual se observa lesão radiolúcida, unilocular, associada a coroa de um dente não erupcionado. Suas características mais marcantes são abaulamento da cortical óssea com expansão e/ou obliteração do vestíbulo, mobilidade dental, deslocamento de estruturas e sem qualquer sintomatologia. Em casos raros, podem apresentar-se como lesão multilocular. O tratamento do TOA consiste na remoção cirúrgica através de enucleação e curetagem, apresentando prognóstico favorável e raramente pode causar recidiva. É relatado na literatura que a região anterior da maxila é o local mais comum de ocorrência. O tumor atinge a maxila duas vezes mais que a mandíbula, incluindo um dente impactado ou supranumerário, com maior acometimento em caninos e incisivos laterais superiores. Sua maior incidência ocorre nas mulheres, na faixa etária de 10 a 30 anos de idade, principalmente na segunda década de vida. Conclusão: Conclui-se que as lesões são caracterizadas como assintomáticas, associadas à expansão cortical, com presença típica de edema, que pode variar de leve não agressiva à comportamento agressivo, como também o edema pode ser ausente. O correto diagnóstico do tumor odontogênico adenomatoide é imprescindível para evitar procedimentos cirúrgicos ablativos. A enucleação cirúrgica conservadora, com a curetagem da lesão, é o tratamento de eleição e apresenta um prognóstico excelente.

Biografia do Autor

Amanda Raquel de Oliveira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Kariny Danielly dos Santos Melo, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Polyana Cristina Lopes, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Victor da Mota Martins, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Doutor em Clínicas Odontológicas Integradas e docente

Aletheia Moraes Rocha, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Doutora em Ciências da Saúde e docente

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Publicado

2023-02-28

Edição

Seção

Resumos