Ubiquidade e mobilidade nos processos de ensino-aprendizagem em Odontologia durante a pandemia da COVID-19
Resumo
Introdução: A pandemia da COVID-19 trouxe consigo a necessidade de se elaborar estratégias para que o processo ensino-aprendizagem fosse mantido. Novas abordagens ou aprimoramento de abordagens já existentes, como a aprendizagem ubíqua e aprendizagem móvel, passaram a figurar entre estudantes, professores e toda a comunidade acadêmica, inclusive nos cursos de Odontologia. A aplicação responsável dessas abordagens de ensino-aprendizagem se faz necessária para que a construção do conhecimento não se torne enviesada ou ainda, prejudicada. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a aprendizagem móvel e ubíqua e suas aplicações em Odontologia. Revisão de Literatura: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura realizada por meio das bases PubMed e Scielo. A estratégia de busca considerou os termos: “aprendizagem móvel e odontologia”, “aprendizagem ubíqua e odontologia” e seus correspondentes em inglês “mobile learning and dentistry”, “ubiquitous learning and dentistry”, em um período de 10 anos (2011 a 2021). A análise descritiva, à luz da literatura científica nacional e internacional, permitiu agrupar uma amostra de oito artigos com evidências científicas de maneira a caracterizar a aprendizagem móvel e ubíqua e suas aplicações em Odontologia, identificar quais as ferramentas utilizadas para esse fim e seu impacto no processo ensino-aprendizagem. Discussão: Percebe-se que os dispositivos móveis não são unanimidade entre professores e estudantes, quando utilizados como recursos de aprendizagem, apesar de haver uma predominância no uso dos celulares no contexto dos artigos selecionados. Não obstante, a aprendizagem móvel, assim como a ubíqua, apresenta vantagens como a flexibilidade, a atualização constante e o uso de dispositivos de tamanho reduzido que podem facilmente ser carregados e utilizados em qualquer localidade, além de serem compatíveis com as facilidades de manuseio apresentadas pela atual geração de estudantes universitários. Conclusão: A partir do exposto percebe-se que a nova realidade imposta e acelerada pela pandemia da COVID-19, em relação ao uso das ferramentas digitais de ensino-aprendizagem, especialmente a aprendizagem móvel e ubíqua, é possível e já se mostra eficaz, principalmente quando associada aos encontros presenciais, embora mais estudos sejam necessários para verificar seus impactos diretos sobre estudantes e docentes.