Sífilis

aspectos clínicos, manifestações orais, diagnóstico e tratamento

Autores

  • Amanda Raquel de Oliveira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Iasmin Adriely Rodrigues Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Arthur Cesar Bessa de Carvalho Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Lorene Pereira Queiroz Casali Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Aletheia Moraes Rocha Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

Introdução: A sífilis é uma infecção bacteriana causada pelo Treponema pallidum, transmitida principalmente de forma horizontal por contato com sangue infectado ou durante as relações sexuais desprotegidas; e de forma vertical na gestação ou no momento do parto. O presente trabalho justifica-se pelo crescente e silencioso aumento da incidência de sífilis, sendo o cirurgião-dentista um profissional da saúde que pode desempenhar um papel crucial no reconhecimento das manifestações intraorais da doença. O diagnóstico da sífilis é realizado por meio de testes sanguíneos treponêmicos e não treponêmicos, com a disponibilidade do teste rápido nos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento padrão consiste no uso da penicilina, que é eficaz em todos os estágios da doença. O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão da literatura abordando as formas de transmissão da sífilis, suas características clínicas e as consequências da sífilis congênita para os recém-nascidos. Revisão da literatura: A pesquisa bibliográfica foi conduzida nas bases de dados Scielo e Google Acadêmico, abrangendo o período de 2019 a 2023. Foram utilizadas as seguintes palavras-chave: “Sífilis”, “Sífilis congênita” e “Transmissão vertical”. Discussão: A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum, podendo também ser transmitida pela via hematogênica ou da mãe para o bebê durante a gestação ou o parto. Caracteriza-se por uma evolução lenta e pode ser dividida em três fases distintas. Na fase primária, observa-se a presença do cancro, uma lesão única, indolor e potencialmente contaminante, geralmente localizada no local de entrada da bactéria no organismo. A fase secundária é caracterizada pela disseminação da infecção no corpo, acompanhada pelo aparecimento de lesões cutâneas e mucosas, febre, dor muscular e outros sintomas sistêmicos. Já na fase terciária, podem surgir lesões graves, como a goma, que são inflamações granulomatosas crônicas, e a glossite luética, que afeta a língua. Além dessas fases, existe a sífilis congênita, transmitida da mãe para o feto durante a gestação. Essa forma da doença pode resultar em óbito fetal, aborto ou sequelas irreversíveis para o recém-nascido. A transmissão pode ocorrer em qualquer fase da gestação, sendo mais comum nos estágios primário e secundário. Características clínicas típicas incluem erupções cutâneas, anomalias dentárias e perda auditiva, conhecidas como a tríade de Hutchinson. O tratamento da sífilis congênita é baseado no uso de penicilina, com a posologia variando de acordo com o estágio da doença (precoce ou tardio). O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para prevenir complicações e reduzir o risco de transmissão da doença para o bebê. Conclusão: A sífilis é uma doença infecciosa que pode levar a consequências irreversíveis, mas é curável se detectada de forma precoce, portanto é de extrema importância a conscientização das pessoas sobre as manifestações da doença, a prevenção e o tratamento minimizando o impacto e a incidência desta doença na população.

Biografia do Autor

Amanda Raquel de Oliveira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Iasmin Adriely Rodrigues Silva, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Arthur Cesar Bessa de Carvalho, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Lorene Pereira Queiroz Casali, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Mestre em Dentística Restauradora e docente

Aletheia Moraes Rocha, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Doutora em Ciências da Saúde e docente

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Publicado

2024-03-06

Edição

Seção

Resumos