Uso racional de antibióticos em periodontia

Autores

  • Lívia Lopes de Sousa Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Lídia Soares de Lima Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Michelly Côrtes Caixeta Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Daniella Cristina Borges Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Helvécio Marangon Júnior Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

Introdução: Doenças como a periodontite têm sua origem em um desequilíbrio na flora oral, que favorece a proliferação de bactérias patogênicas, resultando na perda dentária. O tratamento inclui terapia adjuvante com antibióticos sistêmicos, embora persistam dúvidas sobre o momento ideal para administração desses medicamentos. É prática comum que cirurgiões-dentistas prescrevam antibióticos para tratar infecções orais, sendo imperativo que a prescrição seja feita de maneira adequada e segura, a fim de evitar efeitos colaterais e a resistência bacteriana. Revisão da literatura: A terapia periodontal tem como principal objetivo eliminar o biofilme bacteriano e seus efeitos nas estruturas periodontais. Esta abordagem inclui técnicas mecânicas, como o debridamento radicular, e intervenções medicamentosas, como o uso de antibióticos. O biofilme bacteriano é reconhecido como o principal fator etiológico envolvido na iniciação e progressão da doença periodontal inflamatória. Os antibióticos desempenham um papel crucial ao retardar a recolonização bacteriana, combater focos de inflamação e deter a progressão da doença. Atualmente, uma variedade de antibióticos é utilizada como coadjuvante no tratamento da periodontite, incluindo amoxicilina, metronidazol, clindamicina, doxiciclina e tetraciclina. A prescrição de antibióticos sistêmicos é necessária somente quando as técnicas de raspagem e alisamento radicular não são suficientes para estabilizar o processo saúde-doença em situações específicas. É recomendada a remoção mecânica do biofilme subgengival como etapa inicial do tratamento antimicrobiano, visando combater a resistência dos periodontopatógenos decorrente da presença do biofilme. Estudos demonstram que a combinação de amoxicilina e metronidazol em um tratamento não cirúrgico resulta em melhorias significativas nos resultados clínicos em bolsas periodontais profundas. O uso de antibióticos sistêmicos é indicado também para pacientes com infecções periodontais agudas, além de ser recomendado para a profilaxia em pacientes com comprometimento médico ou condições que predisponham às doenças periodontais, como é o caso de fumantes. Discussão: Os estudos indicam que o uso de antibióticos em conjunto com a terapia periodontal pode resultar em melhorias significativas nos parâmetros clínicos da periodontite, como a redução na profundidade de sondagem e o ganho de inserção clínica. Esses benefícios geralmente são observados em pacientes bem controlados e com bolsas periodontais mais profundas. Além disso, há uma diminuição na carga microbiana por um período de até um ano após o tratamento. No entanto, é importante ressaltar que a eficácia e segurança do uso desses medicamentos podem variar, sendo crucial avaliar se os benefícios superam os riscos em cada caso específico. O uso de antibióticos sistêmicos no tratamento da periodontite pode ser restrito a pacientes com a doença em estágios mais avançados ou com condições sistêmicas que demandem o uso desses medicamentos. Conclusão: Estudos demonstram que cabe ao cirurgião-dentista avaliar a situação individual de cada paciente para determinar o momento ideal para introduzir a administração dos medicamentos. É fundamental destacar que os antibióticos, assim como outros medicamentos, não estão isentos de riscos, e o histórico médico dos pacientes deve ser cuidadosamente considerado em relação a alergias ou reações adversas a medicamentos prévios. Além disso, é importante ressaltar que os antibióticos, assim como todos os medicamentos, implicam riscos e devem ser utilizados com precaução, levando-se em conta a relação entre os benefícios terapêuticos e os potenciais efeitos adversos.

Biografia do Autor

Lívia Lopes de Sousa, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Lídia Soares de Lima, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Michelly Côrtes Caixeta, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Daniella Cristina Borges, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Doutora em Imunologia e Parasitologia Aplicadas e docente

Helvécio Marangon Júnior, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Doutora em Imunologia e Parasitologia Aplicadas e docente

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Publicado

2024-03-06

Edição

Seção

Resumos