O princípio da autonomia como norteador das relações paciente-profissional em Odontologia

Autores

  • Vitória Oliveira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Michelly Côrtes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Thiago de Amorim Carvalho Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Fabrício Campos Machado Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

Introdução: A compreensão dos princípios bioéticos desempenha um papel fundamental na orientação da prática clínica na área da saúde, inclusive na Odontologia. Os princípios da autonomia, justiça, beneficência e não-maleficência delineiam as condutas apropriadas em diversos contextos, desde o acadêmico e de pesquisa até o atendimento clínico. Entre esses princípios, a autonomia assume particular relevância no âmbito da atenção à saúde bucal, pois o desrespeito a essa diretriz pode acarretar consequências graves tanto para o paciente, que pode sentir-se pressionado a consentir com procedimentos contrários aos seus interesses, quanto para o profissional, que pode violar padrões éticos ou enfrentar ações legais. O objetivo deste trabalho foi elucidar as maneiras pelas quais o princípio bioético da autonomia se aplica às interações entre paciente e profissional na Odontologia. Revisão da literatura: Para a pesquisa de artigos, foram empregadas as bases de dados Pubmed/MEDLINE, Scielo, Google Acadêmico e EBSCO Host. Os descritores utilizados incluíram “autonomia”, “odontologia” e “plano de tratamento”, combinados com os operadores booleanos “E” e “OU”, além de seus equivalentes em inglês, “autonomy”, “dentistry” e “treatment plan”, junto aos operadores booleanos “AND” e “OR”. A liberdade é um conceito que transcende gerações, especialmente quando se trata das escolhas individuais e dos direitos fundamentais, como os relacionados à saúde. O termo autonomia é amplamente empregado no contexto da saúde, servindo como meio de garantir a liberdade do paciente. Pode ser definida como a capacidade de um indivíduo tomar decisões e agir de acordo com seus próprios valores e objetivos, dentro dos limites estabelecidos pelo contexto em que se encontra. Na área da odontologia, a autonomia do paciente é considerada um dos princípios éticos fundamentais, juntamente com a beneficência, não maleficência e justiça. Esse princípio permeia todas as etapas da relação entre paciente e profissional, desde o primeiro contato na recepção até a definição do plano de tratamento e a realização dos procedimentos. Discussão: Com frequência, profissionais de odontologia adotam uma postura paternalista, decidindo em nome do paciente sem considerar sua autonomia. Isso pode minar a confiança do paciente no profissional e afetar sua satisfação com os resultados do tratamento. O termo de consentimento livre e esclarecido surge como documento essencial para garantir que o paciente possa fazer suas escolhas sobre o plano de tratamento com segurança. A condição social e fatores financeiros podem influenciar diretamente na escolha do procedimento, o que por sua vez pode comprometer o exercício da autonomia pelo paciente. Conclusão: A partir deste estudo, foi possível descrever as diversas formas de aplicação do princípio bioético da autonomia nas relações entre paciente e profissional em Odontologia. Sugere-se que mais pesquisas neste campo sejam realizadas, visando manter os profissionais atualizados no âmbito da bioética e promover uma prática clínica mais ética e respeitosa dos direitos e desejos dos pacientes.

Biografia do Autor

Vitória Oliveira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Michelly Côrtes, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Thiago de Amorim Carvalho, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Doutor em Clínicas Odontológicas Integradas e docente

Fabrício Campos Machado, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Mestre em Clínicas Odontológicas Integradas e docente

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Publicado

2024-03-06

Edição

Seção

Resumos