Laser de baixa potência para tratamento de parestesia pós-exodontia de terceiros molares inferiores

revisão integrativa da literatura

Autores

  • Adriane de Fátima Vieira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Andressa Di Donato Martini Reis Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Antônio Afonso Sommer Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

Introdução: Lesões nos nervos após procedimentos odontológicos, como a extração dos terceiros molares inferiores, podem resultar em parestesia orofacial, uma condição caracterizada pela perda ou alteração sensorial na região. Essa complicação, frequentemente associada ao nervo alveolar inferior, representa um desafio clínico significativo. O laser de baixa potência, devido às suas propriedades de reparo tecidual, surge como uma possível opção terapêutica para o tratamento dessa condição. Esta revisão integrativa da literatura tem como objetivo investigar as evidências sobre a eficácia dessa abordagem no tratamento da parestesia orofacial resultante da extração dos terceiros molares inferiores. Revisão de literatura: Utilizando as plataformas BVS, PubMed e Google Acadêmico, foram empregados os descritores “Cirurgia bucal”, “Laser de baixa potência”, “Parestesia” e “Terceiro molar inferior”, assim como suas versões em inglês, combinados com o operador booleano “E”. A busca foi restrita ao período dos últimos cinco anos, e o fluxograma PRISMA 2020 foi adotado para guiar a seleção dos estudos com base nos critérios de inclusão e exclusão. A estratégia PICO foi empregada para formular a pergunta norteadora “O uso do laser de baixa potência é eficaz para o tratamento da parestesia após a extração dos terceiros molares inferiores?”, sendo: P - parestesia do nervo alveolar inferior; I - laser de baixa potência; C - outros tratamentos para parestesia; O - resolução da parestesia do nervo alveolar inferior com o uso de laser. Inicialmente, 72 artigos foram selecionados, sendo posteriormente reduzidos para 6 após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão ao longo do sequenciamento do fluxograma. Discussão: O laser de baixa potência tem demonstrado capacidade de acelerar a cicatrização de feridas, reduzir o limiar de dor, restaurar a função neurológica e modular o sistema imunológico. Embora não haja um protocolo padronizado para o tratamento da parestesia com laser, os resultados positivos são consistentes, independentemente das variações na dosimetria, tempo de aplicação e número de sessões. Isso sugere que o laser pode ser uma terapia preferencial para as parestesias estudadas. No entanto, a pesquisa revelou inconsistências em relação às doses, tempo de aplicação e número de sessões, destacando a necessidade de mais estudos para estabelecer diretrizes claras para o uso eficaz do laser no tratamento da parestesia orofacial pós-exodontia de terceiros molares inferiores. Conclusão: O laser de baixa potência emerge como uma opção terapêutica viável para a parestesia resultante da exodontia do terceiro molar inferior. No entanto, é preciso estabelecer um protocolo com expectativas claras de efeito, baseado na dose, tempo de aplicação e número de sessões. Isso permitirá aos profissionais adaptar o tratamento a cada situação específica, maximizando assim os resultados clínicos e a satisfação do paciente. Novas pesquisas são necessárias para desenvolver diretrizes mais precisas e uniformes para o uso eficaz do laser nesse contexto clínico.

Biografia do Autor

Adriane de Fátima Vieira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Andressa Di Donato Martini Reis, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Antônio Afonso Sommer, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Doutor em Ortodontia e docente

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Publicado

2024-03-06

Edição

Seção

Resumos