Prevenção estatal acerca do expressivo encarceramento brasileiro

Autores

  • Grazielly Lopes Pulquério Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Silas Martins de Medeiros Santos Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Tatiele Ferreira Soares Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

justiça penal, encarceramento excessivo, ressocialização, penas alternativas

Resumo

O Estado, em sua busca incessante por aprimorar a eficácia do sistema de justiça penal, adota uma série de medidas no âmbito do Direito Penal com o intuito de mitigar o encarceramento excessivo e promover, de maneira preponderante, a ressocialização dos indivíduos envolvidos no contexto criminal. Nesse contexto, a implementação de penas alternativas à prisão emerge como uma estratégia essencial. Dentre tais alternativas, destacam-se a prestação de serviços comunitários, o uso de tornozeleiras eletrônicas e a disponibilização de programas de reabilitação direcionados especialmente a infratores não violentos. Por meio desses instrumentos, busca-se não apenas dissuadir a reincidência, mas também reintegrar os indivíduos ao tecido social, possibilitando a sua reinserção como cidadãos produtivos. No tocante aos infratores juvenis, o Estado direciona seus esforços para a aplicação de medidas socioeducativas voltadas à reintegração social. Dentre essas medidas, destaca-se a prestação de serviços à comunidade, um mecanismo que visa não somente punir, mas também educar e moldar o comportamento dos jovens infratores, proporcionando-lhes a oportunidade de se redimir perante a sociedade. Ademais, uma abordagem que ganha destaque na atualidade é a justiça restaurativa, um paradigma que preconiza a mediação entre a vítima e o infrator como um meio de resolver conflitos criminais de forma conciliatória, evitando, sempre que possível, o recurso à privação de liberdade. Tal abordagem revela-se fundamental na busca por uma sociedade mais inclusiva e compassiva, em que a reparação de danos e a reconciliação assumem papel central. Vale ressaltar que diversos países estão, progressivamente, reformando suas políticas de drogas, reconhecendo o uso de substâncias como um problema de saúde pública, em detrimento da criminalização. Nesse contexto, o Estado assume a responsabilidade de prover programas de reintegração para ex-detentos, englobando moradia, oportunidades de emprego e suporte psicológico. Essas iniciativas, ao reduzirem as taxas de reincidência, contribuem significativamente para a eficácia do sistema de justiça penal e para a construção de uma sociedade mais justa e humanitária. Portanto, a utilização do método de pesquisa dedutivo-bibliográfico desempenha um papel fundamental na abordagem do tema em questão. Através desse método, conduzimos uma análise criteriosa das pesquisas e da literatura existente relacionada à implementação de medidas de justiça penal direcionadas à redução do encarceramento em excesso e à promoção da ressocialização.

Publicado

2024-09-11